Jerusalém – Inhapim/MG
1 DE SETEMBRO
EDIÇÃO EXTRA ORDINÁRIO
Edição nº 71 – Ano 5 - 2013
COPA DO MUNDO X EDUCAÇÃO
QUAL É O FUTURO DE NOSSO PAÍS?
ENQUANTO O PAÍS SE PREOCUPA COM A COPA DOMUNDO, NÓS, DE JERUSALÉM, NOS PREOCUPAMOS COM AS CONDIÇÕES DE EDUCAÇÃO QUE O GOVERNO DE MINAS OFERECE ÀS NOSSAS CRIANÇAS.
FUTEBOL É UMA BOA DIVERSÃO E UM BOM PASSATEMPO, O QUE NÃO BOA DIVERSÃO E MUITO MENOS PASSATEMPO É O COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO QUE NOSSOS FILHOS ESTÃO RECEBENDO.
(COMO ACONTECE DE VEZ EM QUANDO, A FOLHA SEMPRE LANÇA UMA REPORTAGEM DE PROTESTO. DESSA VEZ ESCOLHEMOS UM TEXTO DE UMA MORADORA DE JERUSALÉM, QUE ESTÁ INDIGNADA COM O DESCASO, DO GOVERNO, NA REFORMA DA ESCOLA. COMO É UMA LOCAL ISOLADO FICA BEM MAIS FÁCIL ESCONDER, POIS, SE FOSSE EM ALGUM LUGAR ONDE HOUVESSE UM TRÂNSITO MAIOR DE PESSOAS E AUTORIDADES, COM CERTEZA JÁ ESTARIA PRONTA DENTRO DO PREVISTO. O QUE PERCEBEMOS É QUE O DISCURSO DE QUE A EDUCAÇÃO É PRIORIDADE, É APENAS UMA MANEIRA DE FAZER COM QUE A POPULAÇÃO ACREDITE EM UM COMPROMISSO QUE PARA NÓS É APENAS UMA UTOPIA. MAS PODEMOS MUDAR ISSO COM MANIFESTOS, REIVINDICANDO QUE NOSSAS CRIANÇAS SEJAM TRATADAS COM RESPEITO, DIGNIDADE E QUE SEJA DADA A ELAS OPORTUNIDADE DE SE DESENVOLVER PARA QUE NO FUTURO POSSAMOS TER CIDADÃOS CAPACITADOS.)
Toda a nossa comunidade se alegrou com o anúncio da tão esperada reforma e ampliação da Escola de Jerusalém. Esta notícia foi publicada no Jornal Escolar Oba Notícias:
Cumpridos todos os protocolos legais, a obra foi iniciada. Durante o ano 2012 o prédio foi esvaziado para ser reformado. A primeira fase do projeto foi executada de modo satisfatório, de modo que acompanhamos as melhorias executadas, mas a sua conclusão prevista para o fim do ano não ocorreu. Está paralisada a reforma!!!
Hoje, 25 de agosto de 2013, continuamos sem nenhuma explicação quanto à paralisação da obra!!!
Ao longo deste período, os alunos estão espalhados, usando salas cedidas pelas igrejas locais e outros espaços adaptados. Professores e alunos já tiveram de mudar de endereço várias vezes e carregar eles mesmos armários, carteiras, livros e material didático. Os estudantes não podem pesquisar, pois os livros da biblioteca estão encaixotados. Um único computador ligado à internet está num porão insalubre. Não existe sala para os professores...
Este funcionamento improvisado do ensino foi tolerado por todos, na esperança de sermos beneficiados pelo prédio escolar restaurado no tempo previsto, que seria novembro de 2012.
Após um ano e meio fora do prédio, temos sofrido com a não conclusão da obra. A atividade educacional, com cerca de 130 alunos municipais e estaduais, tem sido prejudicada pelo adiamento do retorno ao prédio escolar.
Além dos transtornos advindos pelo atraso na conclusão da reforma, dois fatos nos causaram estranheza: a retirada dos cargos de direção e de supervisão e a mudança do nome da Escola.
O nome anterior muito nos orgulha por ser gente nossa, pioneira, que lutou pela criação do povoado e da Escola, visando o progresso da região.
A Escola de Jerusalém existe há quase 60 anos e já beneficiou milhares de estudantes.
Valorizamos a permanência da Escola em nossa comunidade. Pedimos, portanto, urgente atenção das autoridades para a conclusão da reforma! Queremos nossas crianças e adolescentes estudando no prédio escolar da nossa comunidade! Somos famílias residentes no povoado de Jerusalém e num raio de 10 km. Aqui vivemos e trabalhamos. Todos nós precisamos da Escola; não temos outra alternativa para a educação dos nossos filhos.
Estamos muito indignados com a superintendência, que sinaliza estar indiferente a este caso.
A responsabilidade é estadual? É municipal? Qual a instância responsável pelas decisões acerca desta reforma? Basta o descaso! Basta a demora! Que seja agilizada a providência necessária para restaurar a nossa paz social relacionada ao importante assunto: Educação.
